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25 de Agosto de 2020/HPBHPB muda processos e reduz quase 30% do gasto com lixo infectante
Uma reorganização de procedimentos permitiu uma redução significativa nos gastos do Hospital de Praia Brava (HPB) com a deposição de lixo infectante. A motivação para a medida partiu de uma constatação. O setor de higienização da unidade – que pertence à Fundação Eletronuclear de Assistência Médica (Feam) – verificou que uma grande quantidade desse tipo de resíduo estava sendo recolhida por semana.
Ao se investigar a questão, descobriu-se que a razão por trás disso era que muito lixo comum vinha sendo depositado nos contentores de lixo infectante, principalmente por acompanhantes dos pacientes, que não se atentavam para os locais adequados de descarte.
O gerente administrativo, Luiz Manoel Ferreira, destaca o importante papel da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e da equipe do hospital no cumprimento das novas orientações. “Conseguimos ter efetividade nessa medida porque houve uma colaboração muito grande da área técnica. A enfermagem entendeu a importância dessa reeducação no processo de descarte e foi fundamental para termos resultados práticos”, avalia.
Mudança
Para mudar a situação, as 24 lixeiras destinadas a essa categoria de detrito foram reduzidas para oito, no início deste ano. Ao mesmo tempo, alguns dos recipientes foram retirados dos pontos fixos onde se encontravam para se tornarem itinerantes, sendo ofertados apenas em caso de necessidade. Após as alterações, os contentores de lixo infectante passaram a servir a mais de uma unidade e aumentaram de tamanho, para se diferenciarem dos comuns.
Antes da mudança, havia seis lixeiras na enfermaria, dez nos quartos, seis no CTI, uma na grande emergência e uma na sala de curativo, todas permanentes. Diante desse quadro, a supervisora de Higienização do HPB, Viviane Jerônimo, viu que era preciso implementar novos processos para a deposição dos resíduos. “Os números estavam ficando altos sem que houvesse um aumento de demanda na mesma proporção. Percebemos que a quantidade de contentores de lixo infectante precisava diminuir”, ressalta.
Comparação
Como forma de comparação, entre fevereiro e junho de 2019 – momento anterior à redução no número de contentores de lixo infectante –, o gasto com o descarte desse tipo de resíduo foi de quase R$ 22.000. No mesmo período deste ano, já após a reorganização, foram gastos menos de R$ 16.000, o que representa uma diminuição de 27%. Em relação ao peso total, a redução foi de 60%, passando de 10,7 toneladas (fevereiro-junho de 2019) para 4,4 toneladas (fevereiro-junho de 2020).
Além de diminuir as despesas com o recolhimento do lixo hospitalar, a redução da quantidade de lixo infectante contribui para uma maior eficiência no processo de tratamento dos resíduos. Quando o lixo é considerado infectante, o procedimento realizado é mais caro e tem maior impacto ambiental. Esse é o caso dos processos de autoclavagem, que consiste na aplicação de vapor saturado sob pressão superior à atmosférica, e de incineração, que gera uma queima controlada dos detritos a temperaturas de até 1000 graus Celsius. Adicionalmente, quando o lixo comum se mistura ao infectante, o material deixa de ser reaproveitado para reciclagem.
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